Boneca Blythe

sábado, 18 de abril de 2009

O Museu do Traje e do Têxtil vai ao Shopping

Em comemoração ao ano da França no Brasil , uma parte do acervo do Museu do Traje e do Têxtil , composta por vestuário e acessórios franceses, resolve dá um passeio pelo Shopping Barra e fica por lá até o dia 26 de Abril , quando vc pode dar uma conferida na importância deste acervo para nosso Estado .As 30 peças do acervo do Museu do Traje e do Têxtil, mantidas pela Fundação Instituto Feminino da Bahia, estarão expostas no shopping, revelando um pouco da estética vestimentar e do modo de vida que dominou entre as soteropolitanas nos séculos XIX e XX. Além de 15 vestidos, a exposição contará também com acessórios e mostrará a influência da França na moda brasileira desde o século XIX.
Dentre os itens expostos, criações de três grandes nomes da Alta Costura francesa, destacando-se o manteaux confeccionado por Christian Dior, em 1960, em cetim de seda com brocado em veludo e estampa em cashemire; o vestido de baile de veludo preto com bordado em ráfia preta e bege, vidrilhos e strass, concebido por Pierre Balmain, também em 1960 —ambos doados pela Srª Nelita Alves de Lima; e o vestido de baile, datado de 1910, confeccionado em seda e renda com aplicação de vidrilhos, completamente montado em partes presas por presilhas, assinado por Paul Poiret, considerado “o estilista que libertou a mulher do espartilho”.
Vale a pena conferir a exposição , e caso vc não tenha um tempinho , visite o museu no Politema .
Conhecendo um pouco sobre Alta Costura
Quando a gente pensa em alta-costura, logo vem na cabeça: glamour, moda sob medida e sofisticação, não é mesmo? Acontece que pra uma roupa poder ser considerada "alta costura" não basta ser um vestidão-bafo e super caro, tem uma série de critérios técnicos a serem seguidos na fabricação da peça.
Os ateliês têm que ter uma ótima qualidade de artesanato, os tecidos e os materias usados devem ser super nobres, a mão-de-obra é especializada, bem refinada e super capacitada, se leva horas pra fazer um único vestido (mais ou menos 150 horas de trabalho!) - numa jornada normal isso significa quase 26 dias!
Além dessas regras de "produção" os estilistas de alta-costura têm super que obedecer às regras estabelecidas pelo Chambre Syndicale de la Couture Parisienne – que é tipo um conselho que reúne 13 maisons de alta-costura, como Balmain, Dior, Lacroix, Givenchy, Valentino e Versace.
As regrinhas básicas: empregar um mínimo de quinze pessoas nos ateliês, fazer desfile de moda a cada estação em Paris - com o detalhe de que cada coleção deve ter no mínimo 35 modelos para o dia e para a noite, e mais: a marca que cria peças haute-couture tem que ter uma loja (que não vale ser alugada, tem que ser de propriedade da grife) numa determinada região de Paris chamada triângulo da alta-costura.
E a gente se pergunta: mas porque tantas restrições? Acontece que durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler quis transferir a capital da moda para Berlin e Viena. Os costureiros de Paris, então, se reuniram no sindicato pra patentear a alta-costura e aí, criaram essas maxi regras pra que ela só pudesse existir na capital francesa! Espertinhos, não?

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